quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Casamento


O que começa por amor deveria terminar por falta de amor!
Concordam?
Então vejamos o casamento...
O enamoramento, o compromisso, os ditos de “eu te amo”, todo aquele rodeio e como uma cereja adornando o chantili vem o dito cujo! Pareço um pouco anti-romântico, mas se fomos por as coisas de uma forma bem racional, que é como as pessoas geralmente não colocam, vemos que tudo termina de uma forma bem gostosa! É claro que não prefiro uma coisa em relação à outra só estou mostrando outro ponto de vista, até porque são os entraves, os desencontros e reencontros, os términos e as voltas, os jantares, os poemas, as belas palavras, as belas noites, que trazem a graça dos relacionamentos.
A questão é que no fim das contas as pessoas necessitam de um símbolo que acham que comprova todo amor que sentem uma pela outra, O casamento!
Nem todo casamento acaba, embora as estatísticas sejam frustrantes, no entanto quero me ater àqueles que, por algum motivo, acabaram, aqueles que começaram com belas palavras, com jantares românticos, etc...
O fato é que acabou o amor - essa coisa metafísica e essencial- não há mais prazer em ver a cara do outro, houve traição, perdeu-se a graça, ele mudou, você também, enfim, aí deveria terminar  tudo! Mas com o casamento vieram outras coisas, coisas tão metafísicas quanto um contrato de compra conjunta de um imóvel, ou uma criança, ou um carro, ou o Box de vidro que você comprou depois de ter visto na casa da sua amiga.
Então a pergunta: Para terminar basta a falta de amor? Será que as coisas materiais que foram construídas e compradas ao longo do casamento não contam para se pensar em largar àquele a quem tanto se amava?
Vê a mistura de racionalidade e abstração? Será que a felicidade conjugal não é um misto de conforto e bem estar, mesmo depois de muitos e muitos anos, ao lado de alguém que te irrita e te acalma, que te surpreende, que inova e que faz você sentir que não há ninguém melhor para se ter ao lado?
Talvez seja por isso que os casamentos acabam, porque no fundo, no fundo, ao contrario do que as pessoas pensam, eles não começam só por amor!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Como é a minha Amada


A minha Amada vive a sorrir
A minha Amada me faz sorrir
Estar ao seu lado é bom
E o tempo para nos não existe
O mundo imaterializa-se
Há apenas flores e como,
Numa pintura surreal, tudo é sonho.

A minha Amada tem olhos vivos
Sua pele é branca,seu cabelo,ao vento dança...
A minha Amada poderia não ser bela
Mas por capricho da natureza, a ela
Juntou-se engenho e arte.

A minha Amada, canta para mim,
Poesias e odes, sua voz é doce e bela.
Minha Amada se entristece
E sua cabeça em meu peito repousa.
Seu beijo é doce e inebriante,ao mesmo Passo que é quente e lascivo.
Sentir-se amado por ela é ser feliz e ser triste...
Minha Amada não existe
Minha Amada é um ideal!

Bruno Henrique

Apologia à ignorância


Quem dera eu fosse um ignorante
Que da ciência nunca ouviu falar
Preocupar-me-ia com a vida simples e distante
Seria um simples homem, com simples coisas a pensar!

Teria tempo e paciência
Poderia, com calma, almoçar.
Fatigado do trabalho bruto, sem sapiência,
Deitar-me-ia às sombras, feliz, a cochilar!

Preocupações? Sim, teria!
Mas tristezas, não iriam me causar.
Os dias passariam numa incessante alegria
A vida terminaria com um gosto salutar!

Mas, o que é a vida esse incessante mistério?
Que do homem faz escravo do saber,
Que de mim fez um renegado do pensar,
Buscando na ignorância o segredo de viver!